A nanocelulose de pinus e de eucalipto é utilizada como espessante, em substituição ao carbopol – que é a matéria-prima base para fabricação de produtos em gel.
Para ampliar a produção de álcool em gel e antisséptico, pesquisadores usam pinus e eucalipto. A formulação foi desenvolvida no Laboratório de Tecnologia da Madeira da Embrapa Florestas, que tem trabalhado em diferentes pesquisas para elaboração de álcool 70%. A nanocelulose de pinus e de eucalipto é utilizada como espessante, em substituição ao carbopol – que é a matéria-prima base para fabricação de produtos em gel.
Na prática, a celulose branqueada passa por um processo de desfibrilação mecânica. Isso gera a suspensão aquosa de nanocelulose, que tem propriedades de um gel e é capaz de substituir o carbopol na emulsificação. A substância tem registrado falta na indústria, já que a demanda global por álcool em gel cresceu dez vezes em relação a 2019, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec).
O problema levou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a flexibilizar as normas para a fabricação de álcool em gel e diversas instituições têm atuado na produção e disponibilização do produto. Como se trata de uso experimental, neste momento os produtos terão distribuição dirigida e controlada, seguindo normas e protocolos de segurança.
Na primeira fase, 100 litros de álcool antisséptico 70% foram enviados à Vigilância Sanitária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para uso em postos de fronteira do Paraná e de Santa Catarina. O trabalho continua com a definição de outras formulações para fabricação de álcool em gel, utilizando diferentes nanoceluloses. Uma parceria com a Klabin deve ampliar a capacidade de produção e de distribuição neste momento de pandemia.
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