As obras estão paralisadas

Uma audiência pública foi realizada na tarde de sexta-feira (21), no prédio onde está instalada atualmente a prefeitura de Santa Lucia. O encontro reuniu moradores das Linhas Tronco Verde e Alto Pará para tratar das obras de pavimentação poliédrica e asfáltica nessas localidades.

O prefeito Silvano Tortelli explicou a finalidade da audiência: “O objetivo é dar um esclarecimento para as pessoas que moram próximo a essas obras. A pavimentação poliédrica da Linha Tronco Verde e a pavimentação asfáltica da Linha Alto Pará têm algumas questões técnicas que precisam ser explicadas. Por exemplo, a pavimentação poliédrica do Tronco Verde foi paralisada temporariamente devido à fiscalização da SEAB, que fez algumas exigências, dentre as quais que sejam feitas algumas correções no trecho já executado para que seja autorizada à continuidade da obra. Os técnicos detalharam para a comunidade como está o andamento da obra, os motivos da paralisação e as providências que o município precisará tomar.”

Em relação à Linha Alto Pará, o prefeito ressaltou que são recursos oriundos de Itaipu, porém, de convênios diferentes: o trecho 01 é oriundo do programa segurança hídrica e o trecho 2, do Mais que Energia, cujos critérios de execução e fiscalização são distintos. E assim sendo, foi identificado que o projeto do trecho não está previsto rachão, que garante a qualidade e durabilidade da obra. Deste modo, será necessário um aporte financeiro considerável para garantir a qualidade do asfalto. Essa audiência busca trazer transparência sobre os recursos investidos e os próximos passos para concluir as obras com qualidade”, afirmou.

Os valores envolvidos nos projetos são significativos. No caso do calçamento da Linha Tronco Verde, caso os ajustes não sejam aceitados pela SEAB, poderá ser necessária a devolução de quase R$ 600 mil. Para concluir os 800 metros restantes, serão necessários entre R$ 400 mil e R$ 500 mil. Já o investimento na Linha Alto Pará gira em torno de R$ 4 milhões, com uma contrapartida do município de aproximadamente R$ 1,3 milhão, podendo ser necessário um aporte adicional de R$ 700 mil.

O prefeito destacou que esses custos impactam outros projetos municipais: “Nossa receita é limitada, não contamos com royalties ou outras fontes de recurso. Isso pode atrasar outras obras prioritárias, como a revitalização do cemitério municipal, que precisam ser feita com urgência e não recebe verbas estaduais ou federais”.

A audiência também teve a presença de técnicos para esclarecer dúvidas da população. “A comunidade precisa entender por que as obras estão paralisadas e qual é o cronograma de retomada. O convênio está vigente e a empresa responsável está operando normalmente. Nos próximos dias, os trabalhos serão retomados conforme as diretrizes estabelecidas”, concluiu o prefeito.

Fonte Redação SAN FM