Os principais pontos que precisam ser finalizados são a cabeceira da ponte sobre o Rio Iguaçu, a trincheira em Santa Lúcia, o contorno em Lindoeste e trechos de duplicação
A expectativa é grande, mas ainda há muitas dúvidas em relação à conclusão e entrega total das obras de duplicação da BR-163. O trecho entre o Distrito de Marmelândia, em Realeza, e o trevo de acesso à BR-277, em Cascavel, está recebendo nova pista, viadutos, marginais e a ponte sobre o Rio Iguaçu desde 2015 e, inicialmente, deveria estar pronta em dezembro de 2017 – prazo que foi estendido para 2019 e depois para 2021. Mas a destinação de recursos abaixo do previsto, paralisações da empreiteira e até suspeitas de corrupção têm emperrado o andamento da obra nos últimos anos.
Em abril, por exemplo, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes) previa que os trabalhos neste trecho fossem retomados em maio, o que não aconteceu, segundo apurou o JdeB. Desde o ano passado, a obra está paralisada e no início deste ano foi alvo da Polícia Federal e CGU (Controladoria geral da União) na Operação Rolo Compressor, que apura suspeitas de sobrepreço, superfaturamento, inexecuções e problemas de construção.
Além do atraso, a duplicação está mais cara: inicialmente, deveria custar R$ 579 milhões, mas com aditivo, o valor já está em R$ 706 milhões. E a preocupação agora é que a obra nem seja concluída dentro do atual contrato, conforme adiantou o deputado federal Sérgio Souza após reunião, em janeiro, com representantes do Dnit. Ele disse que, como este trecho da 163 está no projeto de privatização de rodovias, o órgão indicou que a concessionária que vencer a licitação para o lote irá concluir a obra quando assumir a concessão.
Trecho será pedagiado antes da conclusão
No mês passado, o Consórcio Sanches Tripoloni, que executa a obra, foi à Justiça pedir rescisão de contrato. O JdeB entrou em contato com a superintendência estadual do Dnit, no Paraná, que informou que o contrato “está ativo e vigente, com orçamento superior a R$ 21 milhões empenhado em restos a pagar para continuidade das obras”. O órgão não especificou se este valor é para dar prosseguimento aos trabalhos ou para pagar trechos já executados. O Dnit também comunicou que há espectativa de retomar e liberar novos pontos duplicados ainda neste ano.
Atualmente, dos 74 km entre Marmelândia e o trevo da BR-277, cerca de 30 estão duplicados e podem ser utilziados pelos motoristas. O avanço financeiro da obra é de 84% e o atraso no andamento, segundo o Dnit, é devido à insuficiência de recursos previstos no orçamento.
Os principais pontos que precisam ser finalizados são a cabeceira da ponte sobre o Rio Iguaçu, a trincheira em Santa Lúcia (onde há desvio), o contorno em Lindoeste e trechos de duplicação. São 44 km ainda não liberados.
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