Soltura do caminhoneiro mediante pagamento de fiança de 10 salários mínimo, recomenda o promotor
O Ministério Público se manifestou ao judiciário sugerindo soltura mediante fiança do motorista de carreta que foi preso poucas horas após o acidente na PRC 467, que resultou em sete vítimas fatais e 13 feridos. O velório e sepultamento das vítimas aconteceu ontem terça-feira (03), em clima de comoção em Pato Bragado.
A CATVE conversou com o promotor de justiça responsável pelo caso e ele informou que já se manifestou pedindo pela substituição da prisão preventiva do motorista da carreta, por outras medidas cautelares, como por exemplo, soltura mediante pagamento de fiança de 10 salários mínimos.
De acordo com o promotor que preferiu não gravar entrevista para aguardar posicionamento do juiz, o Ministério Público foi contrário à conversão de prisão em flagrante por preventiva, por entender que não houve intenção do motorista da carreta de provocar o acidente. O detido deve responder pelos crimes de lesão corporal e homicídio na direção de veículo, ambos de forma culposa.
Outras razões que segundo o promotor não justificam a manutenção da prisão do motorista são: residência fixa, ocupação lícita, e que nunca se envolveu em crimes, ou acidentes desse tipo.
Na manhã de terça-feira, familiares e amigos das vítimas fatais do trágico acidente se despediram em dois locais.
No Clube dos Idosos foram velados os corpos de Claci Specht (50 anos)
João Szczuk (78 anos)
Nelson Ditz (74 anos)
Ivone Carmen Gentelini (69 anos)
Mãe e filha, respectivamente, Lurdes Monteiro (61 Anos) e Fabiana Monteiro (32 Anos)
De meia em meia hora, os familiares acompanhavam o cortejo de seus entes até o cemitério. O sobrinho de João Szczuk (istiuki) contou que o tio fazia tratamento dentário fora do município, e naquele dia, seria mais uma consulta comum. A família ainda está atordoada com o que aconteceu.
No Ginásio de Esportes foi velado o motorista do micro ônibus, César Schaefer (49 anos), o popular Tcheco. Envolvido desde a juventude com o futebol, amigos e familiares decidiram que o local da despedida seria o ginásio que ele sempre frequentava. A mulher de César, Iolanda Schaffer relembra que ele trabalhava há 6 anos como motorista do município e pelo menos 4 vezes por semana fazia o percurso entre Pato Bragado, Toledo E Cascavel. Ele sempre ligava quando chegava ao destino final, mas na segunda-feira, o telefonema veio mais cedo, através da única filha do casal, com a notícia da tragédia.
Olanda permaneceu firme durante o velório e enfatizou que não tem dúvidas de que o marido fez o que pode para evitar uma tragédia maior.
Das 13 vítimas que ficaram feridas no acidente, 10 foram atendidas inicialmente na unidade de pronto atendimento de Marechal Cândido Rondon. Em situação mais grave em UTI’S, estão duas mulheres no Hospital Universitário e outra no São Lucas.
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