Parte dos funcionários que atuam nas obras foi apenas avisada de futuro desligamento

Cascavel – Todo ano a mesma história. Uma obra que deveria ter sido concluída em 2018, a duplicação da BR-163 segue se arrastando e é jogada para frente e muito provavelmente nem a última projeção, feita ano passado, de que seria concluída só no fim de 2021 deve se concretizar.

É que, com mais de dois anos de atraso, as obras deve parar novamente, a exemplo que já aconteceu em outros momentos. E o motivo também é o mesmo: o dinheiro para a realização dos serviços destinados pelo governo federal acabou.

A Superintendência Regional do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) no Estado do Paraná confirmou, por meio de nota, que “os recursos empenhados para a duplicação rodovia serão exauridos neste mês de outubro. Não havendo suplementação do governo federal até o final do mês, a obra fica sem recursos para a continuidade”.

Parte dos funcionários que atuam nas obras foi apenas avisada de futuro desligamento.

A BR-163 está sendo duplicada em dois trechos e por duas empresas diferentes. Os 74 quilômetros entre Cascavel e Marmelândia, distrito de Realeza, tem contrato previsto de R$ 579 milhões executado pelo Consórcio Sanches Tripoloni – Maia Melo. Segundo o Dnit, o valor acumulado medido até setembro era de R$ 481.296.469,03, ou seja, 83,1% do valor total do contrato. Estão liberados até agora 30 quilômetros.

O outro trecho fica entre os municípios de Toledo e Marechal Cândido Rondon, totalizando 38,9 quilômetros de extensão. Essa obra é feita pelo Consórcio Castilho – Técnica Viária Urbaniza, pelo valor de R$ 306,5 milhões. O valor acumulado medido até setembro foi de R$ 206.200.783,54, representando 67,3% do contrato. Foram liberados 27 quilômetros.

A duplicação e a adequação da BR-163 no Paraná beneficia um dos principais eixos logísticos para o escoamento da produção ligando o Centro-Oeste ao Sul do País.

Fonte O Paraná