Toledo tem 4.762 casos positivos de dengue e quatro óbitos vítimas da doença

Fumacê e frio contribuíram com a diminuição dos casos

 
As Enfermeiras da Vigilância Epidemiológica do Município, Cleunice Sarturi e Rosana Cerbarro, realizaram na última semana uma análise da evolução dos casos de Dengue e a relação com as medidas de prevenção que foram adotadas pelo Município para combate e controle da epidemia. A aplicação de inseticidas e a chegada do frio contribuíram com a diminuição da curva de contaminação.

Até a divulgação do último Boletim Informativo da Dengue, o município de Toledo conta com 5.112 casos notificados, sendo 4.700 casos autóctones e 62 casos importados, totalizando 4.762 casos positivos. Destes, já foram contabilizados quatro óbitos vítimas da doença. Foram 345 casos descartados e cinco ainda aguardam resultado.

"Tivemos o pico máximo dos casos de Dengue na semana epidemiológica 11 (08/março a 14/março) com 665 casos notificados, sendo 637 casos confirmados. Toledo não possuía o inseticida para aplicação costal devido a troca de insumo fornecida pelo Ministério da Saúde. Num esforço junto a 20ª Regional de Saúde foi dispensado o inseticida para atender a urgência de nosso município", lembra a Enfermeira Cleunice.

No dia nove de março de 2020 teve início a aplicação do UBV costal nas regiões de maior número de casos concentrados (Jardim Rossoni, Vila Paulista e parte da Vila Industrial). A ação durou até o dia primeiro de abril de 2020.

Observou-se que logo após a inicialização do UBV costal houve uma queda dos casos na semana 12 e, consequentemente, nas semanas seguintes.

"Com a queda das temperaturas que iniciou no dia 12 de abril, sinalizado pela semana 16, observamos uma queda mais significativa com o registro de 51 casos na semana 21 (17/maio a 23/maio)".

O método de pulverização conhecido como "fumacê" é considerado o UBV pesado, foi iniciado no dia dois de maio. "Esta estratégia foi pensada em três linhas de enfrentamento: A cidade foi dividida ao meio para depois separar as localidades das três linhas de enfrentamento devido cada ciclo ter que passar cinco vezes na mesma localização. Tendo um resultado satisfatório visto na tabela a partir da semana 20 (10/05 a 16/05)".

A aplicação do fumacê depende muito dos fatores climáticos (vento, chuva, neblina) por este motivo muitas vezes o ciclo de uma localidade pré agendada pode atrasar. "Por esses motivos não temos como dizer ao certo quanto tempo levará a aplicação de cada um dos cinco ciclos do fumacê", informou o Coordenador de Endemias, Selídio José Schmitt. A segunda fase do fumacê já teve início.

A equipe 1 é responsável em realizar a pulverização do fumacê no Pasquali, Industrial I e II, Esplanada, Planalto, Tocantins I e II, Santa Maria, Panambi I. A equipe 2 passará pelo Orquídeas, Facchini, Santa Clara l, Coopagro, Vila Becker, Filadélfia, Pancera, Rossoni l e La Salle. Já a equipe 3 ficará com o Croma, São Francisco l, II e III, Panorama l, II e III, Bressan e Parizotto.

"Apesar do clima mais frio, que retarda o desenvolvimento das larvas, e o fumacê que é um serviço paliativo que tenta capturar o mosquito adulto, se a população não fizer as limpezas corretas dos quintais eliminando os criadouros, as larvas continuam em novos mosquitos vão nascer", esclarece Schmitt.
 
 
 

Fonte Assessoria

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