Com 776 casos, Cascavel está com risco iminente de epidemia de dengue

Outros 1.428 casos estão em análise por serem considerados suspeitos

Se você se depara com um recipiente com água parada, qual a sua reação imediata: retirá-lo ou acionar os agentes de Endemias? Infelizmente, em Cascavel, mesmo para situações simples como essa uma quantidade significativa de cascavelenses têm se isentado e deixado a responsabilidade da dengue somente para o poder público. E é justamente essa falta de conscientização e de mobilização coletiva que têm colocado o Município em uma situação dramática, com risco iminente de entrar em estado de epidemia por conta de dengue.

De acordo com o novo Boletim Epidemiológico da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Cascavel contabiliza de julho de 2019 até  segunda-feira (16), 776 casos confirmados de dengue. Até semana passada, eram 523 casos, ou seja, um aumento de 48%. Além disso, outros 1.428 casos estão em análise por serem considerados suspeitos e 773 foram descartados. O Município conta com alto índice de infestação de 5,2% do LIRAa (Levantamento de índice Rápido Amostral por Aedes aegypti), a situação é alarmante.

O assunto pode até estar saturado, mas a dengue é grave, adoece pessoas todos os dias e, fatalmente, também mata. Vale destacar a Vigilância Epidemiológica está investigando um possível caso de óbito de um paciente de 81 anos por dengue em Cascavel. O exame ainda está em análise no Lacen (Laboratório Central do Estado do Paraná).

HOSPITAL DE CAMPANHA
Com novos casos sendo confirmados diariamente, o sistema público de saúde está sobrecarregado. E para conter essa superlotação, especialmente das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), a equipe da Saúde está trabalhando para viabilizar um Hospital de Campanha. As tratativas estão sendo realizadas para que a unidade vire de fato uma realidade e possa ser um local adequado para a observação médica, além de montar uma estrutura que possa ser ponto de apoio em um possível surto de coronavírus.

O Hospital provisório seria instalado na Ala de Queimados, do HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná) por um período de até 90 dias. A previsão é que a unidade provisória possa fazer até 300 consultas por dia e conte com até 60 leitos de observação de curta e média duração e uma estrutura de profissionais para dar vazão a esse atendimento. Temporariamente será mais uma UPA adulto.

Como posso ajudar?
Somente uma mobilização da comunidade é o que fará a diferença nessa guerra contra o mosquito. Não deixe acumular água parada, até mesmo água suja.

Dentre os locais que precisam ser vistoriados pela população estão: tonéis com captação de água da chuva, aquários sem bomba de oxigenação, pratos de vasos de plantas, bandejas das geladeiras, bebedouro de animais, tanque de roupas que ficam com água empossada no fundo, coletor de água da saída do ar-condicionado, lixeiro sem tampa e sem furo embaixo, piscinas de plástico, cisternas, caixas de gorduras e plantas aquáticas, pequenos objetos nos quintais; como tampas de garrafas, copos plásticos e brinquedos infantis. A destinação de pneus também é outro problema. A recomendação é deixá-los em uma área coberta ou então encaminhar para uma borracharia que se responsabilize. Até mesmo gotículas de água numa tampinha de plástico já são suficientes para se transformar no criadouro do mosquito.

 

Fonte Catve / Assessoria

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