Na berlinda: Câmara articula cassação do prefeito de Lindoeste

Supostos pagamentos de notas fiscais clonadas e uso de laranjas são investigados

Uma investigação para apurar denúncias de uso de laranjas, pagamentos em duplicidade, notas fiscais clonadas e supostos desvios de recursos na Prefeitura de Lindoeste pode resultar em um processo de cassação do prefeito José Romualdo Pedro, o Zezinho (PL).

Já há uma articulação para que uma Comissão Processante seja votada na próxima sessão da Câmara de Vereadores. O procedimento deve ser protocolado por populares na próxima semana.

O caso está sendo investigado pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) que, em agosto, fez uma operação para apreender documentos na Prefeitura de Lindoeste.

O principal investigado é o ex-secretário de Finanças, Jadiel Almeida Ferreira, que pediu exoneração do cargo em dezembro do ano passado. A investigação aponta que os supostos desvios, na ordem de aproximadamente R$ 130 mil, foram em compras de medicamentos.

No sistema eram lançados pagamentos que nunca ocorreram e depósitos foram feitos em contas de pessoas que teriam sido usadas como laranjas. Para justificar os pagamentos, notas fiscais teriam sido clonadas.

O prefeito disse que mesmo antes de o Gaeco iniciar as investigações ele já havia determinado a abertura de uma Tomada de Contas Especial para investigar os fatos, após ficar sabendo, no início do mês de julho, que poderia haver irregularidades.

Cassação

Sobre ter que enfrentar uma possível Comissão Processante na Câmara de Vereadores, o prefeito diz que se trata de um movimento da oposição aproveitando o momento, que ele classificou como “triste” e que o deixou “chateado”.

O prefeito está convicto de que houve irregularidades, mas que não eram do seu conhecimento. Para ele, o principal responsável foi seu ex-secretário. “Não tem como negar que não foi ele, porque partiu do computador que ele trabalhava. Até descobrir isso eu tinha confiança [no ex-secretário]”, afirma lembrando que Jadiel possuía um escritório de contabilidade na cidade, trabalhou em um banco e presidiu a Associação Comercial de Lindoeste.

Ele disse que em um eventual processo de investigação no Legislativo vai apresentar todos os documentos solicitados. “A pessoa mais interessada que se esclareçam os fatos sou eu”, afirma.

A CGN não conseguiu contato com o ex-secretário de Finanças.

Fonte CGN

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