O documento lista 16 diferentes tipos de violação cometida contra essas famílias.
Construída na divisa dos municípios de Capitão Leônidas Marques (Oeste) e Capanema (Sudoeste), a Usina Baixo Iguaçu já está funcionando a pleno vapor há vários meses, mas ainda não resolveu um grave problema gerado pelo alagamento de vasta área de terras às margens do Rio Iguaçu.
Um grupo de lideranças do MAB (Movimento dos Atingidos por Barragens) esteve nesta segunda-feira (9) na Assembleia Legislativa do Paraná para entregar um relatório sobre o drama vivido por aproximadamente 70 famílias desalojadas de suas propriedades sem que seus direitos fossem assegurados.
O documento lista 16 diferentes tipos de violação cometida contra essas famílias, que pediram ao presidente Ademar Traiano e ao líder do governo Hussein Bakri a criação de um grupo de trabalho com participação de deputados e representantes do Ministério Público para encaminhar o assunto de forma definitiva.
"Há outras barragens sendo construídas no Estado e, enquanto não tivermos uma política estadual que oriente e moralize essa situação, o padrão a ser seguido é o de violações e atropelo dos direitos das famílias atingidas", sentenciou Robson Formica, membro da coordenação nacional do MAB. "A Assembleia poderia retomar a discussão dessa política estadual de direitos para que as injustiças não ocorram mais", acrescentou.
Os atingidos reivindicam uma reunião pública para tratar do assunto, a criação de uma comissão parlamentar para acompanhar e monitorar o cumprimento das condicionantes junto ao consórcio que administra a usina, bem como a criação de uma comissão especial para apreciar e garantir celeridade na tramitação de projeto que lei instituindo políticas públicas que asseguram os direitos de atingidos por barragens.
Os deputados se comprometeram a marcar para próxima semana uma reunião com o presidente da Copel, a fim de retomar o diálogo sobre a obra e os passivos da Baixo Iguaçu."Acho que a reivindicação é justa e o governo tem de escutar?, disse Bakri.
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