Familiares acreditam que o homem não foi vítima de infarto e suspeitam de homicídio
Na última sexta-feira (18) Jorge Altair da Cruz, de 43 anos, morreu em um motel localizado na marginal da BR-277, em Cascavel.
Uma equipe do Samu foi acionada pela mulher que estava com o homem no momento da morte. Após as avaliações do médico, um laudo foi emitido constando que o homem teria tido um infarto fulminante, no entanto a família questiona o resultado.
Familiares de Jorge contataram a CGN para contar a situação a fim de obter mais agilidade no processo, pois acreditam que o homem não tenha sido vítima de infarto e desconfiam de situações que teriam acontecido antes da chegada no motel.
Segundo o relato do João, um dos irmãos de Jorge, o homem que era profissional da construção civil, estava trabalhando em uma obra em Boa vista da Aparecida e teria vindo à Cascavel para fazer acerto com funcionários. Jorge estaria com uma certa quantia em dinheiro quando foi ao motel.
Os familiares alegam que o irmão não conhecia muitas pessoas na cidade e pode ter sido vítima de um golpe que acabou resultando na sua morte.
Com muitas desconfianças em torno da morte de Jorge, a família cancelou o atestado de óbito emitido pelo Samu e busca que seja realizada uma nova perícia que avalie o corpo mediante exames toxicológicos, entre outros, para esclarecer o que de fato teria ocorrido, ou ao menos, retire um pouco da dúvida que paira sobre eles.
Ainda de acordo com os familiares, eles procuraram a Delegacia de Homicídios solicitando uma nova perícia, mas disseram que os delegados teriam se recusado e realizarem o procedimento. Ontem (21) a família contratou um advogado para fazer o pedido judicial para a realização do exame e emissão de um novo laudo.
Além do fato de perderem um ente querido, o drama dos familiares de Jorge é ainda maior por não conseguirem realizar o velório e sepultamento do homem. Conforme o relato do irmão, sem a emissão de um novo laudo, o corpo deverá permanecer na capela da Acesc e já está em estado de decomposição por estar fora da câmara fria.
A CGN conseguiu contato com a delegacia de homicídios que esclareceu que a partir do momento que o laudo é emitido por um médico, o procedimento para uma nova perícia passa a ser de responsabilidade do Poder Judiciário, pois, a DH não tem autonomia para fazer o encaminhamento e nova perícia do corpo.
Também esclareceu que no momento em que o óbito foi constatado pelo médico, uma equipe de Policiais Civis da DH esteve no motel. Diante o laudo constando a morte como causa natural e sem qualquer indício de agressão, briga ou algo que levantasse suspeita, não houve a necessidade prosseguir com qualquer tipo de investigação. Destaca-se também que a mulher que estava com Jorge no momento do óbito permaneceu no local e foi ouvida pelos policiais.
Jorge deixa a mãe, cinco filhos, oito irmãos e muitos amigos.
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