Entre os presos estão funcionários, motoristas, donos de barracões e agenciadores, que recrutavam os condutores dos veículos, além de trabalhadores de um sindicato e de uma empresa
A Polícia Civil do Paraná (PCPR) prendeu nesta sexta-feira (27) quinze pessoas suspeitas de adulterar cargas de soja e lesar empresas nacionais e internacionais. Estima-se que o prejuízo seja de aproximadamente US$ 20 milhões.
Os mandados foram cumpridos nas cidades de Paranaguá, Francisco Beltrão, Ibaiti, Nova Esperança, São Jorge do Ivaí, Cascavel e Matinhos e no município de Teodoro Sampaio, no estado de São Paulo.
Além dos 15 mandados de prisão temporária, os policiais civis também cumpriram 23 de busca e apreensão, quando apreenderam celulares e, em um dos alvos, a quantia de R$ 4,3 mil em espécie.
Entre os presos estão funcionários, motoristas, donos de barracões e agenciadores, que recrutavam os condutores dos veículos, além de trabalhadores de um sindicato e de uma empresa.
Nove pessoas investigadas não foram localizadas durante a operação. Os suspeitos presos podem responder por adulteração de substância alimentícia, associação criminosa, corrupção ativa e estelionato.
Essa é a segunda fase da operação. A primeira aconteceu em setembro deste ano e prendeu nove pessoas.
INVESTIGAÇÕES – Durante as investigações, que iniciaram há seis meses, foi apurado que o farelo de soja saía da fábrica com 46% de proteína. Após a adulteração, o produto chegava ao destino com somente 11%, pois era misturado com areia e casca da soja moída.
Ainda de acordo com as investigações, a adulteração era feita desde janeiro e gerou um prejuízo estimado em US$ 20 milhões. Uma das empresas lesadas tem sede na França e teve um prejuízo de aproximadamente US$ 1 milhão.
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