Ela foi afastada do cargo
Atendendo pedido do Ministério Público do Paraná, a Justiça determinou, nesta terça-feira, 17 de dezembro, o afastamento do cargo, por 180 dias e sem remuneração, de uma vereadora de São Miguel do Iguaçu, no Oeste do Paraná. Ela foi denunciada criminalmente pelo MPPR, com mais sete pessoas, a partir das investigações da Operação WO, deflagrada em 13 de novembro pela 1a Promotoria de Justiça da comarca e pela Divisão de Combate à Corrupção da Polícia Civil. Além do afastamento, a Vara Criminal da comarca estabeleceu o pagamento de fiança no valor de cem salários mínimos (R$ 99.980) e o uso de tornozeleira eletrônica.
A denúncia aponta que a vereadora e seu marido lideraram uma organização criminosa que teria praticado os crimes de peculato, falsidade ideológica, fraude a licitação e lavagem de dinheiro. A vereadora, que estava impedida de contratar com o poder público, criou com seu marido uma empresa composta por laranjas que foi contratada em 2018 pela Prefeitura de São Miguel do Iguaçu para prestar o serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para crianças em situação de vulnerabilidade social.
Fraude
MpPara receber remuneração maior do que a devida, os acusados fraudavam a lista de alunos atendidos. A empresa repassava valores mensais à vereadora e seu marido, fazia pagamentos de suas despesas pessoais e realizava depósitos em favor do partido político da vereadora. Só em 2019, foram desviados mais de R$ 120 mil.
A denúncia foi a primeira relacionada à Operação WO. Ainda estão sendo analisados outros dois contratos administrativos com indícios de superfaturamento e contração por meio de "laranjas".
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