O modelo foi encontrado em um trecho rural do município de Cruzeiro do Oeste, no Paraná.
Pesquisadores do Museus Nacional e da Universidade Contestado, instituição comunitária de educação superior do estado de Santa Catarina, anunciaram, nesta quinta-feira, a descoberta de uma nova espécie de dinossauro, batizada de Berthasaura Leopoldinae.
De porte pequeno, com aproximadamente um metro de comprimento e pesando entre nove e 10 quilos, o modelo foi encontrado em um trecho rural do município de Cruzeiro do Oeste, no Paraná.
A descoberta chega no momento em que o Museu, atingido por um incêndio de grandes proporções em setembro de 2018, realiza a restauração da fachada e dos telhados do bloco um.
Segundo o diretor do Museus Nacional, Alexandra Kellner, que participou das escavações que levaram à descoberta da nova espécie, o fato de Bertha ser a primeira espécie edêntula, ou seja, sem dentes, da América do Sul, traz questionamentos importantes sobre como seria a alimentação da espécie, se carnívora ou herbívora. Para Kellner, o nível de conservação dos fósseis também faz da descoberta uma das mais importantes para a ciência.
O nome do dinossauro é uma tripla homenagem, como destaca a professora Marina Bento Soares, do Departamento de Geologia e Palenotologia do Museu Nacional. O nome escolhido refere-se à pesquisadora Bertha Lutz, tem seu nome escrito na história do Museu, como bióloga da Instituição, que é ligada à Universidade Federal do Rio de Janeiro, e uma das principais líderes na luta pelos direitos políticos das mulheres.
A escolha de Berthasaura Leopoldinae também é uma homenagem à Imperatriz Maria Leopoldina, entusiasta das ciências naturais e uma das responsáveis pela Independência do Brasil, assim como à escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, que homenageou o Museu Nacional em seu enredo de desfile na Marquês de Sapucaí, em 2018.
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