Pesquisas da Rússia, China e Reino Unido são as mais avançadas. A cooperação foi tratada durante reunião entre o chefe da Casa Civil, Guto Silva, e o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov.
O Paraná poderá se tornar parceiro da Rússia na produção da vacina contra o novo coronavírus que está em fase final de testes naquele país. A cooperação técnica foi tratada nesta sexta-feira (24) durante reunião, em Brasília, entre o chefe da Casa Civil, Guto Silva, e o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov.
Silva colocou à disposição a estrutura e técnicos do Tecpar (Instituto de Tecnologia do Paraná). O órgão já atua em parceria com a Fiocruz e o Instituto de Biologia Molecular do Paraná (IBMP) na produção de testes moleculares para diagnóstico da Covid-19.
“Tivemos a aprovação do embaixador e agora os protocolos do acordo serão preparados pelas equipes do Paraná e da Rússia. Em seguida será agendada uma reunião dele com o governador Carlos Massa Ratinho Junior para a finalização dessa parceria, que pode incluir, ainda, a produção de medicamentos para a doença”, informou o chefe da Casa Civil.
Em outra frente, Guto Silva também conversou com o Ministro Conselheiro da Embaixada da China, Qu Yuhui, sobre a testagem e produção da Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biotech. Nos próximos dias, o embaixador e sua equipe também terão uma conversa com o governador para definir a operacionalização da testagem de vacina e de medicamentos no Estado.
AVANÇADAS – A parceria na produção do medicamento russo poderá ser a porta de entrada desta vacina no País. O Brasil já participa dos testes de imunização com os medicamentos produzidos pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, e pela China.
Junto com elas, a vacina russa é uma das mais adiantadas no mundo. No início desta semana, o governo russo anunciou ter concluído com sucesso a fase de ensaios clínicos do seu antivírus, desenvolvido pelo Centro Nacional de Epidemiologia e Microbiologia Gamaleya.
A expectativa é que todas as três vacinas estejam disponíveis no primeiro semestre do próximo ano. O acordo com o Paraná pode abrir mais essa opção para o Brasil, já que até o momento apenas as versões de Oxford e da China estavam previstas para serem distribuídas aqui.
RECURSOS GARANTIDOS – Seja qual for a primeira vacina contra o coronavírus, o Paraná já se antecipou para garantir recursos para a compra e distribuição no Estado. Na última segunda-feira (20), o Governo do Estado enviou uma emenda ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o exercício de 2021 para alocar R$ 100 milhões no caixa da Secretaria de Saúde para aquisição de vacinas contra o novo coronavírus. De acordo com o governador Ratinho Junior, o objetivo é evitar entraves burocráticos e dar agilidade ao Estado para adquirir as vacinas.
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