As regiões mais afetadas, Norte e Oeste concentram 71% da produção da segunda safra.
A falta de chuvas que assola praticamente todas as regiões do Paraná chegou a níveis preocupantes. Dados do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar) apontam que a ocorrência de índices pluviométricos abaixo das médias históricas já se arrasta por dez meses – de junho de 2019 a março de 2020 -, na região das nove maiores cidades do Estado.
Segundo o Simepar, esta é a pior estiagem já registrada desde 1997, quando o instituto começou a fazer este tipo de monitoramento. A seca prolongada já provocou impactos na lavoura de milho safrinha em algumas regiões.
Em regiões do Paraná, como Oeste e Norte, o plantio do milho safrinha foi feito um pouco mais tardiamente em relação ao período histórico. De um modo geral, os produtores relatam que a estiagem, combinada à restrição da umidade, altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar prejudicaram o desenvolvimento da lavoura.
A seca também favoreceu o aparecimento de pragas, como pulgão, ácaro, cigarrinha do milho e lagarta do cartucho.
“Apesar de não ser uma condição generalizada no Paraná, uma vez que nas regiões Sudoeste e Central as lavouras se desenvolvem bem com as últimas chuvas ocorridas, o panorama é preocupante.
As regiões mais afetadas, Norte e Oeste concentram 71% da produção da segunda safra”, destaca Ana Paula Kowalski, técnica do Departamento Técnico Econômico (DTE) do Sistema FAEP/SENAR-PR.
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