Levantamento, divulgado nesta terça-feira (3), apontou 44.441 casos confirmados da doença; foram sete novas mortes registradas em uma semana
O Paraná entrou em estado de epidemia de dengue, de acordo com o boletim da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgado nesta terça-feira (3). O número de mortes subiu de 23 para 30 em uma semana.
Para se configurar uma epidemia de dengue, é necessário ter mais de 300 casos da doença por 100 mil habitantes. A incidência da doença no Paraná é de 336,21 por 100 mil habitantes, segundo o boletim.
Conforme a Sesa, no total, 106 municípios estão em epidemia, 15 a mais que na semana anterior. Em situação de alerta para a dengue estão 47 municípios, sendo que 14 entraram para a relação a partir desta terça-feira.
De acordo com o levantamento, são 44.441 casos confirmados da doença. O boletim epidemiológico reúne dados coletados desde julho de 2019.
Há um mês, o Paraná havia entrado em estado de alerta para epidemia de dengue.
Novas mortes
As sete novas mortes foram registradas em sete cidades, em pessoas com diferentes faixas etárias. Confira abaixo o perfil das vítimas:
- Adolescente de 14 anos, de Marechal Cândido Rondon, portadora de doença autoimune;
- Homem de 33 anos, de Guaíra, sem outra doença associada;
- Mulher de 45 anos, de Medianeira, com obesidade e artrose;
- Mulher de 45 anos, de Alto Paraná, com hipertensão e lúpus;
- Mulher de 66 anos, de Barbosa Ferraz, com diabetes, hipertensão e doença cardíaca;
- Homem de 72 anos, de Maringá, com doença renal crônica;
- Homem de 95 anos, de Colorado, com hipertensão arterial.
Reforço na eliminação de criadouros
A ação efetiva da secretaria com os municípios de Nova Cantu, Quinta do Sol e Florestópolis diminuiu os índices de focos e infestação do mosquito da dengue.
Conforme a Sesa, a remoção mecânica, em contramão à utilização de produtos químicos como o fumacê, vem demonstrando maior efetividade nos resultados.
Em Nova Cantu a epidemia de dengue foi revertida. Desde o final de janeiro, nenhum caso da doença foi notificado pelo município, que chegou a 589 pessoas doentes – equivalente a 11% da população, segundo a secretaria.
A equipe iniciou a semana de atividades reconhecendo a estrutura da cidade e, na sequência, todos as residências e edificações foram vistoriadas, segundo a Sesa. Na ação, foram encontrados 12 poços com muitos mosquitos, potenciais criadouros do Aedes aegypti.
Entenda como funciona o ciclo de vida do mosquito Aedes aegypti — Foto: Arte/RPC
Em Quinta do Sol e Florestópolis, após a realização do mesmo trabalho, os dados mostram a tendência de queda nos registros da doença.
Em Quinta do Sol são menos de 80 casos e Florestópolis está com cerca de 50 casos em investigação. Há um mês, 145 casos estavam em investigação em Quinta do Sol e quase 200 em Florestópolis.
De acordo com a secretaria, durante esta semana, os técnicos estão em Barbosa Ferraz fazendo o arrastão pelo município.
A Sesa informou que, também nesta semana, está fazendo a distribuição de unidades de larvicida pyriproxyfen – produto usado por agentes de vigilância na remoção de criadouros – para os municípios.
A larvicida foi enviado pelo Ministério da Saúde e os municípios receberão de acordo com a necessidade apontada pelo registro de casos e atividades programadas.
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