Esse comportamento é reflexo do campo, onde o valor da arroba do boi passou dos R$ 150,53, em setembro deste ano, para R$ 195,18, em 25 de novembro
Fim do ano é sempre a mesma coisa: os preços os produtos sobem em função da alta demanda. Nesta lista estão os cortes de carnes bovinas, protagonistas das festas de confraternização de empresas e familiares. Mas, neste ano, o aumento, que ficava na média dos 10%, foi ainda maior e passou dos 25% em alguns cortes. Ppr exemplo, o quilo da picanha, um dos cortes mais requisitados para os churrascos, era vendido nesta terça-feira (26) por R$ R$ 49,90, em alguns supermercados de Curitiba, segundo o Disque Economia, serviço da Secretaria Municipal de Abastecimento de Curitiba. Há cerca de um mês, o corte podia ser encontrado por R$ 39, um aumento de 25%. No mês de outubro, a inflação foi de 0,1%, segundo o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo). A projeção de inflação para 2019 é de 3,28%, segundo o Banco Central.
Esse comportamento é reflexo do campo, onde o valor da arroba do boi passou dos R$ 150,53, em setembro deste ano, para R$ 195,18, em 25 de novembro, de acordo com os dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab-PR). Ou seja, uma alta de 29,66%, que sinaliza um horizonte de preços altos no futuro.
Já a cotação do boi gordo, segundo a Scot Consultoria, fechou na segunda-feira em R$ 212, segundo Guilherme Souza Dias, analista do Departamento Técnico e Econômico do Sistema Faep. Ele explica que o mercado é resultado da lei da oferta e procura e, a curto e médio prazo os preços não devem recuar. Tradicionalmente se abate mais sempre no último trimestre do ano, sendo dezembro o líder com 9,5% do total abatido no ano.
“Não devemos ter recuo nos preços da carne nos próximos meses”, afirma o veterinário Fábio Mezzadri, responsável pelo Gado de Corte e de Leite do Deral. Ele explica essa alta como resultado da abertura de novos mercados à carne bovina brasileira, como o da China e Turquia. “Além disso, nos últimos anos, alguns produtores reduziram os rebanhos por conta do baixo preço do produto no mercado”, conta.
Segundo Souza Dias, na parcial deste ano, o Paraná já exportou 28 mil toneladas de carne bovina, o melhor desempenho desde 2005, quando foram exportadas 34 mil toneladas.
Para suprir o consumo dos chineses, só neste ano, o país já importou do Brasil 318.918 toneladas de carne bovina, 184.393 toneladas de carne suína, 448.833 toneladas de carne de frango, em transações que totalizaram mais de U$ 3 bilhões, segundo estatísticas de Comércio Exterior do Agronegócio Brasileiro (Agrostat).
Outras proteínas
O aumento do preço da carne bovina, principal proteína consumida pelo brasileiro, reflete em outros produtos. Com preços altos, o consumidor migra para outras fontes, como frango e ovos, pressionando os preços. Os dados do Deral apontam, por exemplo, que o custo de 30 dúzias de ovos tipo extra 1, no atacado, em janeiro custavam R$ 65,21. Em outubro estavam custando R$ 86,36. O quilo do frango resfriado passou de R$ 5,02 para R$ R$ 5,23, no mesmo período.
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