João Paulo Primo, da Bocchi Agronegócio, analisou a situação das culturas agrícolas em Capitão Leônidas Marques, ressaltando chuvas, risco do percevejo marrom, rentabilidade da soja e a importância do planejamento financeiro.
No Jornal da SAN, o agrônomo João Paulo Primo, da Bocchi Agronegócio, trouxe uma análise detalhada sobre a situação das culturas agrícolas na região de Capitão Leônidas Marques. Durante a entrevista, conduzida por Edinei Lovatto, foram discutidos os impactos das chuvas recentes, o cenário de pragas e doenças, e as perspectivas para a safra atual, com destaque para a soja, principal cultura local.
Impacto das Chuvas
João Paulo ressaltou que as chuvas recentes são positivas, especialmente após um período de déficit hídrico e calor intenso, que afetaram as plantações, particularmente as de soja semeadas em setembro. “Embora tenhamos tido pancadas de chuva, faltou aquela chuva expressiva para umedecer o solo de forma uniforme”, explicou. Ele enfatizou que a continuidade de boas condições climáticas será crucial nos próximos meses.
Pragas e Doenças
Com o clima seco, houve menor incidência de doenças nas lavouras. Porém, João Paulo alertou sobre o percevejo marrom, praga que exige atenção especial. “O percevejo é cíclico e causa danos significativos ao grão, impactando diretamente a produtividade. É importante o produtor ficar atento e realizar e manejo adequado no momento certo.”
Cenário Econômico e Rentabilidade
A soja, principal cultura da região, apresenta preço atual de R$ 129 por saca. Segundo João Paulo, esse valor ainda não reflete uma boa rentabilidade devido ao alto custo de produção, impulsionado por fatores como combustíveis e insumos. Ele também destacou que as oscilações no mercado são influenciadas por fatores como o dólar, oferta global de grãos e instabilidades políticas.
Recomendações aos Produtores
A principal orientação foi o planejamento financeiro: “O produtor deve travar custos e fazer médias. Garantir que a produção cubra os custos é fundamental para a sustentabilidade do negócio.
A colheita da soja na região deve começar no final de janeiro, intensificando-se em fevereiro. Até lá, as condições climáticas e o manejo adequado serão determinantes para o sucesso da safra.
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