Associação Comercial de Capitão envia oficio ao governo do estado pedindo flexibilização no decreto estadual que determinou fechamento do comercio não essencial

No oficio a Associação Comercial manifesta seu descontentamento com o Decreto publicado em 30 de junho de 2020.

A ACICAP- Associação Comercial e Industrial de Capitão Leônidas Marques, através da presidente Bruna Cesari, encaminhou oficio ao Governador do Estado Carlos Massa Ratinho Junior, pedindo flexibilização do Decreto Estadual n°4942.

No oficio a Associação Comercial manifesta seu descontentamento com o Decreto publicado em 30 de junho de 2020, que determinou o fechamento das atividades não essenciais desde quarta-feira (01), pelo período de 14 dias.

Cita ainda que conforme informações divulgadas do último boletim na data 01 de julho de 2020 pela Secretaria Municipal de Saúde de Capitão Leônidas Marques, no município tem 26 casos confirmados do COVID-19, destes 17 pacientes recuperados.

Argumenta que o Decreto Estadual não pode determinar o fechamento das atividades não essenciais no município, pois a realidade local e risco de contaminação é diferente do comércio de grandes ou médias cidades.

Destaca que Capitão é um município pequeno, com 16.000 habitantes (IBGE 2019) e população bem distribuída geograficamente. Pelos dados registrados, observa-se que o comércio não é o responsável pelo aumento dos casos de COVID-19, pois as empresas e os funcionários estão mantendo todos os protocolos e orientações estabelecidas.

A associação e os comerciantes já discutiram em várias reuniões e ficando claro que o problema de aglomeração de pessoas na cidade não é nos pequenos comércios, mas sim nas atividades essenciais, onde é de conhecimento de todos que os bancos e supermercados possuem um número maior de clientes que procuram estes estabelecimentos.

A grande maioria das empresas de Capitão são formadas por empresas com um ou dois funcionários que atendem 1 ou 2 clientes por vez, inexistindo aglomeração de pessoas dentro destes estabelecimentos.

Destaca que os comerciantes estavam cumprindo o decreto municipal que flexibilizou várias atividades consideradas como não essenciais, mas que obrigam os proprietários a seguir normas da Vigilância Sanitária, como uso de máscaras, álcool em gel, distanciamento de pessoas, limitação de 30% da capacidade entre outras medidas.

Que as medidas impostas no decreto municipal, corroborado pelo baixo fluxo de clientes nos comércios da cidade, fazem que o risco de contaminação seja muito baixo o que torna o decreto 4942 impiedoso com os empresários locais.

Cita ainda, que o que está agravando o contágio, são as aglomerações entre familiares e grupos de amigos em locais privados (residência) que se encontram para festas e diversão. Afirma que concorda que os bares, casas noturnas, festas e qualquer tipo de evento com aglomeração de pessoas, sejam restritos. Igualmente, por ser um município pequeno, não tem redes de transporte coletivo ou metrôs, e os trabalhadores utilizam pouco do transporte privado de passageiros, não gerando assim grandes aglomerações.

Reconhece que esses 14 dias de fechamento do pequeno comércio, acometerá em grande crise, sendo assim poderão deixar de existir 30% do nosso comercio.

Diante disso, destaca no oficio que o comércio aberto e funcionando possibilita a continuidade das atividades cotidianas e essenciais dos moradores locais, com a devida continuidade da fiscalização para manutenção dos devidos cuidados recomendados nos protocolos de enfrentamento ao novo corona vírus, e que isso ainda mantem o fluxo econômico que gera empregos e renda às famílias do nosso município.

No oficio solicita que o Governador deixe o Decreto n° 4942 mais flexível para a realidade de cada município do Paraná, para que cada Gestor Municipal possa ter seu decreto próprio.

Da mesma forma, entende o quanto é importante e necessário o Governo do Estado do Paraná fornecer e repassar os recursos e insumos necessários para conter essa crise em nosso Estado.

Por fim, considera que se cada município adotar as medidas necessárias de acordo com a sua realidade, com a continuidade do apoio do Governador do Estado, acreditamos muito em breve estabilizar essa situação, preservando a vida e economia dos municípios do Paraná.

Esses são os principais pontos elencados no oficio que a associação comercial de Capitão enviou ao Governo do Estado.

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