NASF de Capitão promoveu palestra no dia nacional de combate ao alcoolismo na Casa da Cultura

Segundo dados do Ministério da Saúde, de julho do ano passado, o consumo abusivo de álcool aumentou 42,9% entre as mulheres.

O dia 18 de fevereiro foi marcado por um alerta de grande importância: o combate ao alcoolismo. Na noite desta terça-feira (18), Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, o repórter Antônio Silva, acompanhou na Casa da Cultura Vitor Valendolf, as 19h30 uma Palestra promovida pelo NASF com o advogado e teólogo Carlos Augusto Weber que palestrou sobre o assunto.

Na oportunidade, o teólogo Carlos Augusto Weber falou um pouco sobre o alcoolismo, doença crônica e um grave problema de saúde pública que afeta valores culturais, sociais, econômicos e políticos.

“O alcoolismo é uma doença que acomete qualquer pessoa. O uso do álcool ao longo da vida pode gerar vários problemas tanto físicos quanto psicológicos. É uma doença onde a pessoa não tem o controle sobre o uso da bebida, ele começa a fazer o uso de uma forma descontrolada, abusiva, com altas doses, e isso vai acarretando na vida social, emocional, econômica e também física, quando vai apresentando problemas como abstinência alcoólica [que provoca sintomas como confusão mental, desorientação, agitação, alucinações visuais e auditivas, taquicardia, entre outros], além de várias doenças associadas”, explicou.

Carlos lembrou também que a relação com a família é uma das mais prejudicadas. “A família também acaba adoecendo. [O alcoolismo] é uma doença que muda a forma como a pessoa se relaciona e o relacionamento familiar acaba sendo bem inuenciado”, acrescentou .

Outro ponto abordado pelo psicólogo diz respeito ao início e progressão da doença que, inclusive, deixou de ser incidência apenas no público masculino. Segundo dados do Ministério da Saúde, de julho do ano passado, o consumo abusivo de álcool aumentou 42,9% entre as mulheres.

“Quando a gente conversa com as pessoas aqui, a gente percebe que o histórico de uso [do álcool] começa, muitas vezes, já na infância ou início da adolescência. Então, é uma doença que, muitas vezes, a pessoa só se dá conta depois que se tornou um alcoolista, isso acontece na fase adulta. O problema pode acontecer tanto no sexo masculino como no feminino. Hoje, a gente vê uma porcentagem bem semelhante tanto do sexo feminino quanto do masculino na questão do uso abusivo de álcool”, pontua Carlos.

No Brasil, de acordo com números da Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo de bebidas alcoólicas acima dos 15 anos de idade acelerou em uma década: se em 2006 o consumo per capita anual era de 6,2 litros de álcool puro, em 2016 essa média pulou para 8,9 litros; um aumento de 43,5%. Em fevereiro de 2019, o consumo nacional estava acima da média mundial (6,4 litros), além disso, o Brasil era o terceiro país na América Latina e o quinto em todo o continente com o maior consumo de álcool per capita, cando atrás apenas de Canadá (10 litros), Estados Unidos (9,3 litros), Argentina (9,1 litros) e Chile (9 litros).

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