Análise da Universidade Federal Fluminense indica que infecção por coronavírus segue a mesma sazonalidade de outras doenças respiratórias, como H1N1 e gripe influenza
Os casos de Covid-19 devem diminuir a partir de outubro no Brasil e no Hemisfério Sul, em razão da proximidade do verão.
Ao mesmo tempo, a chegada do inverno no Hemisfério Norte poderá provocar aumento dos registros da doença.
Análise da Universidade Federal Fluminense indica que infecção por coronavírus segue a mesma sazonalidade de outras doenças respiratórias, como H1N1 e gripe influenza.
O coordenador do estudo na universidade, professor Marcio Wanatabe, explicou em entrevista à Agência Brasil que existe um período do ano em que transmissão dessas doenças é maior e, no Brasil, isso ocorre entre o outono e o inverno.
A sazonalidade costuma ser confirmada após alguns anos de incidência, quando é possível acumular dados das taxas de contágio e internação.
No entanto, com a Covid-19, em menos de um ano já foi possível identificar os picos da doença, em razão da grande quantidade de informação produzida por diversos países durante a pandemia.
De acordo com o professor Watanabe, os modelos matemáticos mostram que a segunda onda do coronavírus no Hemisfério Norte será ainda mais forte que a primeira.
A estimativa se baseia no fato de a primeira onda ter se iniciado no fim do período sazonal e logo ter sido interrompida, senão teria sido tão forte como a do Brasil.
Já a segunda onda da doença no Hemisfério Sul e em território brasileiro terá menor intensidade e deverá começar a partir da segunda metade de março do ano que vem, afirma o pesquisador.
Ele também acredita que é possível que ela nem ocorra, se a vacina contra a Covid-19 já estiver disponível para a população.
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