As formas severas da zika são raras, mas podem evoluir para morte
Uma nova linhagem do vírus da zika está em circulação no Brasil. É o que aponta um estudo realizado por pesquisadores do Centro de Integração de Dados e Conhecimentos para Saúde (Cidacs), da Fiocruz Bahia. A pesquisa foi realizada por meio de uma ferramenta que desde 2015 monitora o vírus da zika no Brasil.
Ao longo de cinco anos, a plataforma detectou mudanças nas 248 sequências genéticas analisadas, e em 2019, constatou-se que 5,4% dessas sequências eram inéditas no país e de linhagem africana. São conhecidas duas linhagens do vírus da zika: a asiática e africana, sendo esta última subdividida em Oriental e Ocidental.
Segundo Artur Queiroz, um dos líderes do estudo, dois achados do estudo indicam que a linhagem circulou no Brasil em 2019: ela foi encontrada em dois Estados distantes entre si – Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro –; e os hospedeiros que abrigavam o vírus eram um mosquito “primo” do Aedes aegypt, chamado Aedes albopictus, e uma espécie de macaco.
De acordo com o Ministério da Saúde, neste ano, foram notificados 3.692 casos prováveis de zika. Segundo os pesquisadores, com a nova linhagem genética, a situação pode mudar. Queiroz teme uma nova epidemia. O Brasil enfrentou um surto de zika em 2015. Em 80% dos casos, a zika não apresenta sintomas e pode passar despercebida, segundo a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz).
Mas a doença é considerada grave em gestantes já que sua associação foi cientificamente comprovada à microcefalia em fetos. A zika também está relacionada à Síndrome de Guillain-Barré. As formas severas da zika são raras, mas podem evoluir para morte.
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